domingo, 16 de fevereiro de 2014

Esquemas de ação de Piaget

 Elisângela Fernandes
Com o conceito de esquemas de ação, Jean Piaget mostrou como as ações dos indivíduos sobre o meio são o motor da aquisição de conhecimentoEntre os legados do conceito, a importância da infância
TUDO EM FAMÍLIA O nascimento dos três filhos, retratados nesta foto de 1936, forneceu elementos à teoria. Foto: Archives Jean Piaget. Pesquisa iconográfica Josiane Laurentino

TUDO EM FAMÍLIA O nascimento dos três filhos, retratados nesta foto de 1936, forneceu elementos à teoria
Um dos grandes legados da noção de esquemas de ação foi a compreensão da importância da primeira infância no desenvolvimento da inteligência. "O resultado disso é que há hoje em todo o mundo uma grande demanda por uma Educação Infantil de qualidade, que possibilite aos pequenos vivenciar, interagir, experimentar e, com isso, ampliar o desenvolvimento de suas possibilidades cognitivas", lembra Adrian.
Isso não impediu que algumas nuances da ideia fossem mal interpretadas. O apego excessivo à faixa etária de cada período é um deles. "Muitos professores compreendem os estágios como uma forma congelada de classificação dos alunos, sem perceber que a indicação de idade é apenas uma aproximação e que as passagens de uma fase para outra dependem da qualidade das interações de cada um com o meio", explica Agnela.
Essa postura pode gerar dois problemas. O primeiro é considerar apenas o ensino do conteúdo sem notar os conhecimentos e as habilidades de que o aluno dispõe para compreendê-lo. No outro extremo, está o comportamento de ficar apenas focado no que o aluno consegue fazer e não atentar para ensinar outros conteúdos mais complexos. "Um bom trabalho deve congregar os dois pontos de vista: enxergar as potencialidades das crianças e também aonde se quer chegar, tendo claros os conteúdos que não devem ser deixados de ensinar", explica Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). O próprio Piaget refutava a ideia de que é necessário esperar passivamente que as estruturas mentais se formem. Ao contrário, a ação educativa favorece fortemente essa construção.
Para cumprir esse objetivo, vale sempre favorecer uma atitude inquiridora, com a utilização, por exemplo, de situações-problema (leia a última página). "Em qualquer idade, a criança precisa ser provocada", afirma Cilene. Para ela, um dos grandes desafios do professor é gerar interesse pelo que deve ser ensinado. "Não existe uma criança que não tenha vontade de aprender. O problema é que muitas vezes as condições ofertadas nas aulas não são favoráveis."

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Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio

Jean Piaget. Foto: Camera Press
O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado.
Jean Piaget (1896-1980) foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século 20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia. Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética - isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança. Segundo ele, o pensamento infantil passa por quatro estágios, desde o nascimento até o início da adolescência, quando a capacidade plena de raciocínio é atingida.
"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
As descobertas de Piaget tiveram grande impacto na pedagogia, mas, de certa forma, demonstraram que a transmissão de conhecimentos é uma possibilidade limitada. Por um lado, não se pode fazer uma criança aprender o que ela ainda não tem condições de absorver. Por outro, mesmo tendo essas condições, não vai se interessar a não ser por conteúdos que lhe façam falta em termos cognitivos.
Isso porque, para o cientista suíço, o conhecimento se dá por descobertas que a própria criança faz - um mecanismo que outros pensadores antes dele já haviam intuído, mas que ele submeteu à comprovação na prática. Vem de Piaget a idéia de que o aprendizado é construído pelo aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista.
Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar", diz Lino de Macedo.

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Fonte:  Nova Escola

O que é TDAH?

Quer saber o que é TDAH a partir de uma perspectiva realmente científica, sem blá blá blá ,opiniões pessoais , filosóficas e ideológicas?
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www.tdah.org.br


Fonte:

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Por dentro da Lei de Diretrizes e Bases

O antropólogo Darcy Ribeiro

O que é a Lei de Diretrizes e Bases, quais os principais ganhos para os cidadãos e a história até sua aprovação em 1996.






A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei orgânica e geral da educação brasileira. Como o próprio nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do sistema educacional. Segundo o ex-ministro Paulo Renato Souza - que ao lado do então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a LDB que vigora até hoje - "o mais interessante da LDB é que ela foge do que é, infelizmente o mais comum na legislação brasileira: ser muito detalhista. A LDB não é detalhista, ela dá muita liberdade para as escolas, para os sistemas de ensino dos municípios e dos estados, fixando normas gerais. Acho que é realmente uma lei exemplar."

A primeira Lei de Diretrizes e Bases foi criada em 1961. Uma nova versão foi aprovada em 1971 e a terceira, ainda vigente no Brasil, foi sancionada em 1996.

Alguns pontos da LDB vigente desde então são considerados ganhos importantes para os cidadãos: "a União deve gastar no mínimo 18% e os estados e municípios no mínimo 25% de seus orçamentos na manutenção e desenvolvimento do ensino público" (art. 69); o Ensino fundamental passa a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e; a educação infantil (creches e pré-escola) se torna oficialmente a primeira etapa da educação básica.

Um pouco de história...

Era o ano de 1986. Ainda às escuras, pelas lembranças dos idos do regime militar, se planejava no Brasil uma nova Constituição que garantisse de fato a redemocratizacão do país. Educação era pauta para as linhas que determinariam os direitos e os deveres dos brasileiros a partir do ano de 1988. Leia Mudanças educacionais na história das Constituições Brasileiras.

Muitos educadores já estavam envolvidos na discussão de um Estado-Educador que não apenas se preocupasse, mas privilegiasse a educação escolarizada, tornando o acesso e a permanência na escola, ao longo dos anos, cada vez maior, principalmente para os mais pobres.

Tanto é assim que no ano seguinte, em 1987, foi lançado, em Brasília, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública - FNDEP - acompanhado do "Manifesto da Escola Pública e Gratuita". Essa não era a primeira vez que um documento de educadores iniciava uma campanha nacional pela educação. Em 1932, sob a liderança do Professor Anísio Teixeira, os 'Pioneiros da Educação' lançaram seu manifesto, e na década de 1950, um outro foi escrito, sob a liderança do Professor Florestan Fernandes também em defesa da escola pública.

Foi exatamente nos debates organizados pelo FNDEP, abertos e com a participação da sociedade civil, que nasceu a primeira das duas propostas para a LDB. Conhecida como Projeto Jorge Hage, essa versão chegou a ser apresentada na Câmara dos Deputados. A segunda proposta foi articulada com o apoio do então presidente Fernando Collor de Mello através do Ministério da Educação e Cultura - MEC - tendo sido elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Maurício Correa.

A principal divergência entre as duas propostas era em relação ao papel que o Estado deveria desempenhar no que se referia a educação. De um lado, a sociedade civil, representada pelo Projeto Jorge Hage, preocupava-se com os excessivos mecanismos de controle social do sistema de ensino. Do outro, a proposta dos senadores previa uma estrutura de poder mais concentrada nas mãos do governo. O texto final da Lei de Diretrizes e Bases, sancionada em 20 de dezembro de 1996, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da educação Paulo Renato Souza, aproxima-se mais da segunda versão, aquela apresentada pelos senadores.

26/08/2011 12:23
Lu Scuarcialupi
Educar
Foto: Christian Parente

CIÊNCIA: 8 motivos para estudar astronomia

20/01/2014 15:32

Foto: Através dela aprendemos a origem de fenômenos do cotidiano, como os dias, as noites, as estações do ano, o calendário e até as marés

A admiração e curiosidade que o homem sente pelo céu são bem antigas - remontam a cerca de 3000 AC entre os sumérios da Mesopotâmia (onde é o atual Curdistão). E s fenômenos celestes sempre ditaram o ritmo da vida aqui embaixo. Literalmente. De acordo com o professor Marcelo Souza, do Observatório Astronômico Luis Cruls, foram os astros que nos ensinaram a contar os dias e as horas: "A astronomia é importante para entendermos os dias e as noites, as estações do ano, o calendário e as marés - está presente no nosso cotidiano", afirma.

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Confira outras reportagens sobre os benefícios dessas atividades no desenvolvimento do seu filho!

Além disso, o estudo do Universo mudou completamente a forma como vemos e pensamos o mundo hoje. Renato Las Casas, professor e astrônomo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), considera o telescópio o instrumento mais importante da história humana: "Seu uso nos permitiu saber que a Terra não é o centro do Universo". Ele lembra que o italiano Galileu Galilei, ao observar as crateras e os relevos da Lua, as manchas solares e os anéis de Saturno, mostrou ao mundo que o céu, assim como o nosso planeta, também vive em um rebuliço constante. "Considero estas descobertas como a maior revolução de todos os tempos no pensamento da humanidade. Não fosse pelo telescópio, provavelmente ainda acreditaríamos na teoria geocêntrica aristotélica de cerca de três séculos antes de Cristo", conclui.

O Educar para Crescer entrevistou 8 astrônomos para responder por que a Astronomia continua mais interessante do que nunca. Veja você 8 motivos para olhar para o céu:
Traz avanços ao conhecimento
Instiga a perpetuar a sobrevivência humana
Investiga a origem da vida
Estreita a nossa relação com o Universo
Inspira respeito à natureza e aos nossos limites
Faz com que a tecnologia e o progresso avancem
Permite um exercício mais pleno da cidadania
Desperta a sensibilidade entre as pessoas
 
 
Fonte: Educar para crescer

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

TROTE LEGAL



O trote universitário ou trote estudantil é uma espécie de ritual de iniciação dos calouros, ou seja, dos estudantes que, por terem sido aprovados no vestibular, ingressaram no ensino superior. O trote acontece nos primeiros dias de aula, sendo que os responsáveis pelo trote são os veteranos, alunos que já estão cursando o ensino superior.
No curso de Pedagogia da Facemp esse tradicional ritual de iniciação foi marcado por momentos de alegria e descontração, com o objetivo de promover a acolhida e integração dos novos alunos. Foi organizado por alunos e professores do curso. Parabéns a todos. A recepção foi linda!

Fotos cedidas pela professora Rosa Lúcia Oliveira Lima

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Boas-vindas ! Bom retorno!



Hoje é um dia especial...
Início de mais um semestre letivo.
Por isso, estamos envolvidos num clima de muita expectativa e esperança.
Queremos nesse novo semestre letivo, fortalecer nosso espírito para que os objetivos propostos em nossos projetos sejam alcançados com sucesso. É com esse espírito de alegria, esperança e amor pela educação, que damos as boas vindas aos novos alunos e desejamos um bom retorno a todos os que já caminham conosco,  para que com vibração positiva  iniciemos nossas atividades. Desejamos um semestre letivo de comprometimento e ressignificação de valores sociais e educacionais aos alunos, a professores e funcionários desta grande família chamada Facemp.
Esperamos que todos nós possamos nos apropriar dos saberes que nos serão colocados neste semestre. Esperamos também que cada um siga os seus próprios passos, que trilhe novos caminhos, que ouse, que transforme.
Boas-vindas ! Bom retorno!