domingo, 25 de agosto de 2013

Algumas reflexões

O coordenador pedagógico - gerador de conforto ou gerenciador de conflitos?
O coordenador pedagógico ainda se confunde com os diversos papéis que esse profissional desempenhou ao longo da historia da educação:
Chefe, fiscalizador, provedor, organizador de eventos, apaziguador de conflitos, regente...
Hoje, buscamos uma identidade caracterizada pela parceria, formação, um articulador de estratégias, aquele que, por ter um olhar distanciado, pode estranhar o que parece tranquilo e acomodado e convidar o grupo a resignificar seu olhar e suas práticas. 



Esse, então, configura-se num novo desafio: 

Qual a formação necessária para a constituição desse sujeito?
Quais os desafios e encaminhamentos de uma formação que o apoie a reconhecer-se como um profissional reflexivo, um sujeito autor que cria e recria suas ações a partir das reflexões sobre seus fazeres, em busca de coerência entre suas intenções e ações enquanto formador?


Muitas são as questões que envolvem essa discussão:

Quais as representações culturais e concepções de aprendizagem e desenvolvimento e ideias sobre formação que ainda sustentam as ações do coordenador pedagógico. Como pensar no conceito de formação dentro de uma proposta socio interacionista de desenvolvimento? (o que pensamos ser formação?)





·  Como estão estruturados os processos formativos (formação inicial e continuada) desse profissional - em que momentos nas formações pontuais nos debruçamos sobre as especificidades e os saberes necessários ao fazer de um formador? (vale ressaltar que o mesmo curso forma professores, coordenadores e diretores).




·     Qual o olhar desse profissional sobre sua própria identidade (o que ele pensa ser o seu papel)






· Quais as expectativas do grupo quanto a sua atuação (Como o grupo vê esse profissional)




·    Quais as experiências formativas necessárias  para  a formação de um profissional com autonomia intelectual e que seja capaz de estabelecer relações crítico reflexivas entre as concepções, intenções e ações que envolvem sua realidade.




·    Como garantir a dialogicidade no processo formativo do CP para que as discussões dos momentos de formação se reflitam efetivamente nas suas ações no chão da escola




·    Questões estruturais e organizacionais da própria escola (espaços, tempos e materiais que envolvem e implicam em sua atuação)



Toda e qualquer reflexão sobre os desafios da formação desse profissional que se proponha a ir para além de  uma discussão superficial e conceitual  pedira considerar essas questões mas o processo de crescimento do ser humano está na sua predisposição em aceitar o desafio, na sua reflexão sobre a prática e se fortalece muito mais nas suas dúvidas e dificuldades, do que nas respostas e certezas.

                                    

Respostas, que terão real significado para o grupo, por nascerem da legitimidade, da autoria, do protagonismo e da corresponsabilidade de todos e de cada um no processo de reflexão que nos permite sermos donos da nossa vida e da nossa história.


Que não dá a outros o mérito de pensar sobre nossa docência, posto que desejamos ser mais do que meros “fazedores” do nosso oficio.

Fonte: Formar e Formar-se - Desafios do Coordenador Pedagógico

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