A
sociedade contemporânea tem como base o sistema capitalista, no qual todos os
indivíduos se esforçam para acumular riquezas com o objetivo de atingir um
determinado status. Percebemos a divisão da sociedade em duas partes: a
primeira que tem um acesso fácil a alguns meios de comunicação mais avançados,
obtendo assim muito mais conhecimento. E um segundo grupo que, devido à
desigualdade gerada pelo capitalismo, deixa de ter acesso à alguns destes meios
de comunicação, e, consequentemente, às informações gerais sobre mundo e sobre
cultura. É justamente este acesso à informações, de maneira rápida e constante,
que possibilita uma maior socialização de conhecimento que contribuem para o
desenvolvimento do
Assim, como a escola está inserida na
sociedade, toda essa característica reflete sobre ela e sobre os educadores, que
necessitam buscar meios para equilibrar esta realidade na sala de aula, lidando
com alunos que são totalmente diferentes uns dos outros. Nesse contexto, o educador não é mais
considerado o único a ter conhecimento, pois o acesso à informação está
disponível a todos, através da televisão, do celular, e em especial da
internet, que tem contribuído para uma socialização de informações de maneira
rápida e eficaz.
O educador passa a ser um mediador
dessa tecnologia orientando o que é ou não correto, já que essa vasta rede possui
tanto conteúdos verdadeiros como também informações distorcidas sobre qualquer
assunto. Neste sentido, a internet tem sido uma via de mão dupla na qual
podemos usá-la para expandir ou limitar nossos horizontes dentro da educação.
Em uma entrevista concedida a revista
veja, o Assessor de Comunicação e Informação da UNESCO
para o MERCOSUL, Guilherme Godoi, que é bacharel em
Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Ciência
Política pela Universidade de São Paulo (USP), discute sobre o uso da
tecnologia em ambiente educacional. “Censos
educacionais realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP) mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua
disposição uma série de tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas
não significa necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que
ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores
possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação,
que poderiam ser úteis no ambiente educacional.”
Guilherme
Godoi (2010, p. 40) afirma que "ainda é
preciso avançar muito. Os dados disponíveis mostram que, infelizmente, ainda é
muito incipiente a formação de professores com a perspectiva de criação de
competências no uso das tecnologias na escola. Com relação à formação
continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais que já estão em
serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais concretos. Há uma série
de programas disponíveis que oferecem recursos a eles".
“Se a escola não quiser ficar
estagnada tem que acompanhar o desenvolvimento que o rodeia, interagindo comas
transformações ocorrida na sociedade e mundo”.
(Isabel Alarcão)
Percebemos,
então, que não basta ter muitas ferramentas para auxiliar na educação, é
preciso, antes de tudo, preparar os professores para fazer o melhor uso
possível deste material, e por consequência, contribuir na formação cultural do
aluno.
No
Brasil, a educação não tem recebido por parte do governo a devida atenção para
que acompanhe o ritmo de mudanças tecnológicas que vem ocorrendo dentro do
nosso próprio país. Podemos encontrar em nossas escolas diferentes realidades
como: escolas onde não existem salas de informática e nem acesso a internet,
enquanto em outras possuem este recurso, no entanto, não são usados porque o
profissional não tem preparo para fazer uso destas ferramentas. Então, não
basta ter os meios tecnológicos se o professor não souber utilizá-los
A sociedade contemporânea exige
da nossa escola a formação de um profissional culto, crítico e capaz de
produzir e realizar as mais variadas tarefas dentro um grupo.
Neste sentido a internet tem sido uma
via de mão dupla na qual podemos usa-la para expandir ou limitar nossos
horizontes dentro da educação”.
Segundo Ana
Regina Carrara (2010)
as sociedades contemporâneas estão sendo configuradas pelo contínuo avanço
científico das chamadas tecnologias da informação e comunicação ou Tics. Esse
avanço possibilitou uma nova dinâmica dos fluxos de informações entre pessoas
de todo planeta. Dessa forma, as pessoas estão mais voltadas para uma educação
tecnológica, deixando de lado a cultura, que vem vinculada com a educação, ou
seja, a cada dia as pessoas deixam de participar de eventos culturais como:
musicais, cinema, teatro e até mesmo ler um livro, devido ao alto custo que
eles representam, e isso vem causando um isolamento social de grupos que se
limitam a fazer parte das redes sociais. Desta forma perde-se o grande motor da
cultura educativa, a valorização da potência humana.
Apesar
de em alguns discursos oficiais ouvimos que a educação é fonte de
desenvolvimento humano, cultural, social e econômico, percebemos que a escola
não está conseguindo acompanhar o desenvolvimento social, pois a mesma continua
em passos lentos. Algumas instituições de ensino não têm como estimular ao
aluno, da mesma forma que alguns professores não se sentem apoiados pelos
governantes.
É
preciso envolver todos nesse processo de mudança cultural que se vive na escola
e que ela própria aponta. A escola inovadora tem a força de pensar, questionar
a começar por si só e ver se adiante consegue se tornar uma escola
reflexiva. É tempo de convivência e
cooperação no meio escolar, tempo esse que não pode ser desperdiçado pelo
professor e principalmente pelo o aluno no auge de sua evolução e sim de ser
desenvolvido e não cortado. É tempo de crescer.
REFERÊNCIA
GODOI G. Canela. Educação. São Paulo, Entrevista, Veja, 2010.
CARRARA
A.R. Cultura e Educação, São Paulo, Cadernoscenpec,2010.
Trabalho do Projeto Interdisciplinar do 1º Semestre
Professora Orientadora: Sandra Oliveira
Disciplina: Sociologia
Componentes:
Jeane
Ribeiro de Oliveira
Jéssica Magalhães
Jéssica Magalhães
Maria
Carolina
Nadja Santos da Silva
Nadja Santos da Silva
Rafaela
C.Pinto
Sandra dos Santos Sampaio
Sandra dos Santos Sampaio
Sueli
Bilitário
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