domingo, 20 de dezembro de 2015

JORNAL HORA DAS CORUJAS Dez.2015

Estamos muito felizes por estarmos apresentando o quarto número do Jornal A HORA DAS CORUJAS. Esperamos que goste!
O quarto número do Jornal tem como destaque o trabalho pedagógico e pesquisas desenvolvidas neste semestre 2015.2.  Pretende ser mais um meio para a divulgação das nossas atividades assim como espaço para publicação de estudos no campo da Pedagogia.
Gostaríamos de agradecer a todos (as) que tornaram possível mais essa conquista. O sucesso da iniciativa deve-se a você, leitor(a) que entra em contato com o seu conteúdo, discute e dá sugestões.
Boa leitura!


Leia o Jornal aqui.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Socialização e troca de saberes marcam a realização do II Seminário de Estágio e V Mostra de Práticas Interdisciplinares do curso de Pedagogia da FACEMP

                                                                                                                              [1]Celidalva Sousa Reis
Com o objetivo de socializar as pesquisas e registros das experiências de estágios e as práticas interdisciplinares dos alunos da FACEMP ocorreu nesta semana de 23 a 27/11 o II Seminário de Estágio e a V Mostra de Práticas Interdisciplinares do curso de Pedagogia. O evento buscou o diálogo sobre o “Saberes, Práticas e Formação na Educação Infantil e no Ensino Fundamental”.   O estágio permite uma aproximação ao futuro pedagogo do campo de atuação profissional e promove a aquisição de um saber, de um saber fazer e de um saber julgar as consequências das ações didáticas e pedagógicas desenvolvidas no quotidiano profissional.  
E ainda as experiências vivenciadas na escola, com os alunos, com situações reais de ensino e aprendizagem e com a orientadora antes e depois das ações pedagógicas, cria condições para a realização de aprendizagens que podem proporcionar a aquisição de saberes profissionais e mudanças, quer nas estruturas conceituais, quer nas concepções de ensino.
As principais aprendizagens proporcionadas pelos estágios a partir da percepção dos acadêmicos estão de acordo com a concepção de autores pesquisados como Pimenta, Nóvoa, D’Àvila, dentre outros, uma vez que embasam a prática pedagógica: o planejamento da ação, o desenvolvimento da aula e a reflexão sobre o vivido.
Vale ressaltar, a riqueza das reflexões nas falas, no olhar, no corpo. Reflexões que o corpo falava ... pulsava. Emoções a flor da pele. Experiências de desafios, dificuldades, vontade de desistir, mas muita pesquisa e vontade que tudo desse certo. Os acadêmicos declararam que planejar a partir da realidade de seus alunos, assumiu uma dimensão diferenciada. A situação real de ensino e aprendizagem exigiu dos acadêmicos uma postura de busca, em que alguns estudos desenvolvidos durante o curso tiveram que ser retomados a fim de melhor compreendê-los e articulá-los com a prática de sala de aula.
Além disso, o ensino de certos conteúdos também exigiu muita pesquisa e estudo dos acadêmicos, de forma que para ensinar, antes precisavam aprender. E como foi bom ouvir de vários estagiários que a “certeza que tenho é que quero realmente ser professor”. Como docente da disciplina estágio sinto-me lisonjeada e feliz com as reflexões e o amadurecimento profissional dos nossos alunos. O estágio colabora com o processo de construção da identidade docente, conforme relataram os estagiários, pois possibilita um contato com o futuro campo de atuação, permitindo refletir sobre e vislumbrar futuras ações pedagógicas. Experienciar o compromisso com as situações de ensino e aprendizagem faz com que o acadêmico passe a ver a figura do professor não mais com olhar de aluno, mas sim, a colocar-se como professor.
Neste sentido, as turmas do II, III e IV semestres do curso fizeram a exposição de banneres das oficinas pedagógicas realizadas nas escolas. Estas experiências possibilitaram o uso de procedimentos e instrumentos de pesquisa, bem como a inserção dos estudantes nas escolas por meio de uma análise interdisciplinar, como afirmou uma das professoras articuladora da atividade Sandra Suely.

Na avaliação do professor Silvano, o espaço foi muito enriquecedor para a formação dos (as) pedagogos (as), uma vez que todo o evento da semana discutiu sobre a prática pedagógica a partir dos diversos saberes necessários à docência. Por fim, a coordenadora do curso Rita Matos afirmou que esta atividade foi um momento muito rico na formação dos(as) alunos(as) do Curso de Pedagogia, pois possibilita a troca de experiências entre docentes e discentes e socialização dos saberes adquiridos ao longo de cada período cursado, seja no âmbito da faculdade, seja nos diversos espaços educativos nos quais o profissional formado em Pedagogia pode atuar.


[1] Docente da disciplina Pesquisa e Prática e Estágio Supervisionado do curso de Pedagogia da FACEMP.


sábado, 28 de novembro de 2015

Estudante de Pedagogia da FACEMP que é Deficiente Visual realiza Estágio de Regência

Antonia com a camisa azul e Alaide  
          A estudante Antonia Santos, idade 26anos, da cidade de Nazaré das Farinhas, está no V Semestre de Pedagogia da  Faculdade de Ciências Empresarias - FACEMP, que fica localizada na cidade de Santo Antonio de Jesus. O curso de Pedagogia da FACEMP, articula-se com uma proposta interdisciplinar de formação de professores com foco na docência para a educação infantil e anos iniciais da educação básica e para o trabalho de coordenação e gestão pedagógica.
 Segundo a professora Celidalva Sousa Reis, docente da disciplina Estágio, o Estágio Curricular Supervisionado, é indispensável na formação de docentes nos cursos de licenciatura em qualquer área. É um processo de aprendizagem necessário a um profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e deve acontecer durante o curso de formação acadêmica, quando os estudantes devem conhecer os espaços escolares e não escolares, entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição.
 Assim, no V semestre do curso de Pedagogia, Antonia foi para o Estágio, e lá como estudante pode colocar em prática os conhecimentos didáticos e pedagógicos que aprendeu na faculdade. Ao assumir a regência, Antonia mesmo sendo deficiente visual desde os 12 anos de idade, não encontrou dificuldade de discutir com os alunos o processo de alfabetização. Antonia sempre teve o apoio da família para estudar, aprendeu Braile, cursou o ensino fundamental e médio e mesmo enfrentando muitas dificuldades, não queria desistir de estudar. Queria ver uma forma de ajudar outras pessoas a serem autônomas. Queria ser professora.
No estágio, logo que chegou à escola, os alunos ficaram curiosos porque a professora usava óculos escuros, e depois a curiosidade aumentou quando ela falou que era deficiente visual. Eles chegavam bem pertinho. Disse Antonia, que eles começavam a narrar como estavam vestidos. Um dizia: “estou com uma blusa verde, cheia de bolinhas e o outro gritava na minha camisa tem um bichinho.”
Foi uma festa! No decorrer do estágio, Antonia montou um alfabeto em Braile e Português e levou um Cartaz todo colorido, com borboletas nas bordas. Convidou cada estudante (alunos de 06 a 12 anos) para ler as letras. Imediatamente nesta atividade onde cada letra do alfabeto estava também em Braile, a futura docente notou que muitos alunos da turma não reconheciam as letras e possuíam dificuldade na leitura.
Assim, junto com Alaíde, sua colega de estágio, organizaram um projeto com foco foi na leitura. A diretora da escola e a coordenadora pedagógica elogiaram Antonia pela dedicação e compromisso. A professora da classe onde Antonia e Alaíde estagiaram, ressaltou que na prática docente, a deficiência visual não impossibilitou que Antonia ajudasse os alunos no aprendizado da leitura. “Ela foi muito criativa, fez cartazes coloridos, chamava um por um na frente, escutava os alunos, foi muito bom a presença dela aqui”. Ressaltou a professora.
Rita Matos, coordenadora do curso de Pedagogia da FACEMP, sinalizou que envolvendo os docentes com o espaço escolar, concebemos o estágio obrigatório supervisionado com o objetivo de engajar o estagiário com a realidade escolar para que este possa ter a percepção dos desafios que a carreira do magistério lhe oferecerá.
Dessa forma, refletir sobre a profissão que vai assumir, visando em primeiro lugar o envolvimento e à integração do saber com o fazer pedagógico. Desafio que Antonia e Alaíde superaram muito bem. Os professores Silvano Sulzart e Sandra Suely que visitaram os alunos nas escolas que estão estagiando, junto com outros professores do curso de pedagogia, afirmaram que a vivência dos alunos estagiários nas escolas traz informações da realidade para análise e reflexão, pois os problemas são sempre atuais, reais, muitas vezes repetidos até que o olhar curioso do pesquisador lance sobre eles seus questionamentos científicos, suas reflexões e estudos.
 Texto de Silvano Sulzarte