No
segundo dia de SEMIC tivemos a Live “A literatura
como forma resistência e Re-existência para a mulher negra” com a Prof Ms Aline
Nery. Para discutir esta temática é necessário considerar a Literatura como forma de expressão que
reflete o mundo, servindo como um caminho para construção de identidades,
fomentando o pertencimento de mulheres negras.
Nesse sentido, a linguagem,
também, pode ser vista como forma de
legitimação de vozes, realçando as diversidades culturais e vivências de promoção e
empoderamento negro, se opondo, desta maneira, as linhas discursivas
hegemônica pautadas nas tradições eurocêntricas.
Dentro desta perspectiva a professora Aline
desenvolve sua pesquisa de Doutorado trabalhando com mulheres negras na
periferia de Salvador, que produzem poesias orais através das batalhas de
poesia chamada SLAM. Para a professora “
O SLAM é algo vivo, cada semana é uma batalha diferente, é uma poesia
diferente, a gente ver o protagonismo dessas mulheres”.
É neste sentido que a
literatura surge como uma forma de resistência de re-existência, trazendo o
lugar de fala das mulheres negras, que foram silenciadas, sofrendo o apagamento
histórico. Por isso, a necessidade de discutir o currículo na perspectiva da
diversidade, trilhando o caminho da construção de identidades e empoderamentos,
dando espaço para as diversas histórias, vivências e existências dos sujeitos que
participam do ato educativo.
Texto: Professora Sandra Suely Oliveira